22 de março de 2009

Rabinos consideram que encontro com Papa põe fim à crise

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 12 de março de 2009 (ZENIT.org).- O encontro desta quinta-feira de Bento XVI com uma delegação do Grão-Rabinato de Israel constitui o final da crise surgida após as declarações com as quais o bispo Richard Williamson – cuja excomunhão foi revogada pelo Papa junto a outros três bispos – negou o Holocausto.
Agradecemos à Santa Sé por permitir este reinício
[das relações, N. do T.] com pronunciamentos claros e inequívocos nos quais deplora a negação do Holocausto», afirmou em uma coletiva de imprensa Shear-Yashuv Cohen, grão-rabino de Haifa, após ter sido recebido pelo Papa.
Segundo o rabino, primeiro representante judeu da história que participou do Sínodo dos Bispos no Vaticano em outubro de 2008, a audiência «foi uma experiência muito particular, que constitui o final de uma crise».
E confessou aos jornalistas:
Não podíamos esperar outra coisa de Bento XVI
Por sua parte, o rabino David Rosen, presidente do Comitê Judaico Internacional para as Consultas Inter-religiosas, assegurou: «Temos motivos para estar muito satisfeitos», considerando que a questão «ficou resolvida».
O encontro do Papa com os representantes do Grão-Rabinado havia sido programado para o final de janeiro, mas foi cancelado por causa da polêmica provocada por Dom Williamson.
Bento XVI, no discurso que dirigiu aos representantes judeus, assegurou que em sua viagem a Israel e aos Territórios Palestinos, de 11 a 15 de maio, rezará
especialmente pelo dom precioso da unidade e da paz, tanto na região como em toda a família humana.
O rabino confirmou que durante o encontro com o Papa se falou da importância da educação das crianças nas escolas para combater toda forma de negação do Holocausto e recordar a Shoá, educando as novas gerações para que não volte a repetir-se uma tragédia assim.
Nota DDP:
Algo esperado se consumou: BXVI por incrível que pareça saiu fortalecido de um evento que todos viam como um "descuido" em seu discurso. Os líderes judeus "agradeceram" ao papa sua "permissão" para reiniciarem seus contatos. Disseram ainda que "não poderiam esperar outra coisa de BXVI". Nem eu esperava…

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